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quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Meu amor não cabe numa gaveta


Foi naquela tarde de domingo, tarde ensolarada, tarde especial, tarde em que conheci o amor da minha vida, ele era do jeito que sempre sonhei, do jeito que sempre imaginei. Tudo começou com uma brincadeira disfarçada de coisa séria, a gente se apaixonou pela primeira frase em que dissemos um para o outro.
Desde então, ele me ranca suspiros, risadas bobas, sonhos confortáveis durante a noite, desde então, me sinto leve, em paz, protegida. É como se eu estivesse sentada na varanda da minha casa, tocando violão, lendo um livro romântico onde me apaixono pelo personagem, enquanto borboletas voam, enquanto tomo um cafézinho quente e bem preparado, é como se eu descobrisse a grande inspiração dos meus desenhos. Parece que sempre te amei, antes mesmo de te conhecer, parece que você chegou numa época em que eu precisava de um amor. Chegou pra ficar, fez morada em meu coração, me acalmou, e agora tudo parece tão simples e tão fácil.
Ele me ranca cada suspiro, suspiros de paz, de amor, de leveza de alma, ele é como um lápis de cor que eu sempre usei nos meus desenhos mais sentimentalistas.
Acordo e imagino nós dois sentados na varanda de casa ao som de Never Be Daunted, de mãos dadas, contando os nossos maiores sonhos, e como faremos para realizá-los. A música nem precisa conter todas as palavras que descrevam meu amor e carinho por ti, é a voz do cantor que me faz gostar mais da música e achar que ela foi feita pra nós, aliás, muitas músicas foram feitas para nós. Músicas agitadas para os dias turbulentos, músicas calmas para nos acalmar e fazer das brigas um amor perfeito que se transformou em música, músicas "chorosas" para mostrar que o amor não são apenas rosas, mas que também ele emociona.
Parece que ele é um personagem de um livro que ainda não li, um personagem que me apaixonei primeiramente pelo nome. Eu não acreditava que personagens assim existiam na vida real, até encontrar você, desde então você me abriu os olhos e consigo imaginar os personagens de livros nas ruas, nos ônibus, até no colégio. É como aquela música: como pode um peixe um peixe vivo viver fora da água fria... acho que você é um personagem que escapou de um livro e veio me buscar pra ser sua amada e mergulhar naquela história.
Meu amor é tão grande, que não cabe numa gaveta, não cabe num pote, não cabe em lugar nenhum, ele é do tamanho do infinito, ele parece que dá várias voltas em torno do mundo - o nosso mundo - e acaba em nossos corações, é algo incompreensível para algumas pessoas, e acho que até para nós. Ás vezes não entendemos o tempo, e nem o tamanho do nosso amor, mas acho que o amor é algo incompreensível mesmo, acho que quando ele chega, chega pra ficar, Deus foi generoso com nós, num momento tão preciso você chegou.
Ando falando sozinha pela casa, contando o nosso amor pras paredes, será que isso é normal?
Não somos tão jovens para nos amar como dizem, não, não somos. O amor existe, posso crer nisso, e ele não tem idade e nem tamanho. E isso não é uma jura de amor de dois adolescentes, até porque não somos dois adolescentes, somos duas pessoas que já passaram por muitas coisas, e guarda algo bom no coração para oferecer a alguém. Você ofereceu seu amor pra mim, e eu ofereci meu amor para você. Aceitamos o amor um do outro.
Pensei que não aceitaria meus defeitos, meu ciúme e as coisas que eu não gosto em mim. Parece que você gosta das coisas que eu não gosto em mim. É como se você me ensinasse a olhar o mundo de uma outra maneira, ver cores diferentes que ninguém nunca viu, isso é hilário, né? Mas é o que eu sinto quando converso com você, quando penso em você e quando te amo.

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